Teorias filosóficas

Aqui está uma linha cronológica das principais teorias filosóficas, dividida em diferentes períodos históricos:

1. Filosofia Antiga (c. 600 a.C. – 500 d.C.)

  • Monismo (Pré-socráticos, c. 600 a.C.): Tales, Anaximandro, Anaxímenes propõem que o universo é composto por uma única substância (água, apeíron, ar).
  • Heraclitismo (c. 500 a.C.): Heráclito argumenta que tudo está em fluxo constante e a mudança é a única constante.
  • Parmênides e o Eleatismo (c. 500 a.C.): Parmênides afirma que o ser é imutável, negando a realidade da mudança e do movimento.
  • Atomismo (Demócrito e Leucipo, c. 460 a.C.): O mundo é composto de partículas indivisíveis (átomos) que se movem no vácuo.
  • Sofismo (c. 450 a.C.): Protagoras e Górgias sustentam o relativismo moral e cético em relação ao conhecimento.
  • Platonismo (Platão, c. 427 – 347 a.C.): A teoria das Ideias (ou Formas) afirma que a realidade verdadeira reside em um mundo imaterial de ideias.
  • Aristotelismo (Aristóteles, c. 384 – 322 a.C.): Desenvolve a lógica, a teoria das quatro causas e a ética baseada na virtude.

2. Filosofia Helenística (300 a.C. – 200 d.C.)

  • Estoicismo (Zenão de Cítio, c. 300 a.C.): Propõe que a felicidade consiste em viver de acordo com a natureza e a razão, sendo indiferente às emoções.
  • Epicurismo (Epicuro, c. 341 – 270 a.C.): Afirma que o objetivo da vida é alcançar o prazer (entendido como a ausência de dor e perturbação).
  • Ceticismo (Pirro, c. 360 – 270 a.C.): Argumenta que o conhecimento seguro é impossível, e o sábio deve suspender o juízo (epoché).

3. Filosofia Medieval (500 – 1500 d.C.)

  • Agostinianismo (Santo Agostinho, c. 400): Integra o cristianismo com o platonismo, enfatizando a graça divina e a iluminação interior.
  • Escolástica (Tomás de Aquino, c. 1225 – 1274): Funde o aristotelismo com o cristianismo, desenvolvendo a prova da existência de Deus e a teoria do ser.
  • Ontologismo (Anselmo de Cantuária, c. 1033 – 1109): Formula o argumento ontológico para a existência de Deus, baseado na ideia de que Deus é um ser do qual nada maior pode ser concebido.

4. Filosofia Moderna (1500 – 1800)

  • Racionalismo (René Descartes, c. 1600): A razão é a fonte principal do conhecimento; “penso, logo existo” como certeza fundamental.
  • Empirismo (John Locke, c. 1700): Todo conhecimento deriva da experiência sensorial; mente como “tabula rasa”.
  • Idealismo Transcendental (Immanuel Kant, c. 1780): O conhecimento resulta da interação entre a mente e a experiência sensorial; formula a “revolução copernicana” na filosofia.
  • Materialismo Dialético (Karl Marx, c. 1840): A história é impulsionada pelas lutas de classes e mudanças nas relações materiais de produção.

5. Filosofia Contemporânea (1800 – presente)

  • Utilitarismo (Jeremy Bentham, John Stuart Mill, c. 1800): A moralidade é baseada no princípio da utilidade, promovendo a maior felicidade para o maior número de pessoas.
  • Positivismo (Auguste Comte, c. 1830): Apenas o conhecimento científico, baseado em fatos observáveis, é válido; rejeita a metafísica.
  • Existencialismo (Jean-Paul Sartre, c. 1940): Foca na liberdade individual, na responsabilidade e na criação de sentido em um mundo sem significado inerente.
  • Pragmatismo (William James, c. 1900): O valor de uma ideia é medido por suas consequências práticas.
  • Filosofia Analítica (Bertrand Russell, Ludwig Wittgenstein, c. 1920): Concentra-se na análise lógica da linguagem e na clareza conceitual.
  • Estruturalismo (Claude Lévi-Strauss, c. 1950): A cultura humana pode ser entendida por estruturas subjacentes, como a linguagem e mitos.
  • Pós-estruturalismo e Desconstrução (Jacques Derrida, c. 1960): Critica as estruturas fixas do pensamento e questiona noções tradicionais de verdade e identidade.
  • Teoria Crítica (Escola de Frankfurt, c. 1930 – 1950): Combina marxismo e psicanálise para criticar as formas de dominação cultural e social.
  • Pós-modernismo (Michel Foucault, c. 1970): Questiona as narrativas universais e enfatiza o poder e a construção social do conhecimento.

Essas teorias filosóficas refletem as principais correntes de pensamento ao longo da história, desde a Antiguidade até o período contemporâneo. Cada uma delas representa respostas distintas a questões sobre o ser, o conhecimento, a moral e a sociedade.

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